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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Plutão em Capricórnio: uma libertação dramática?



Plutão entrou em Capricórnio no último dia 26 e durante o ano de 2008 fará uma travessia entre os signos de Sagitário e Capricónio, pois retrograda para entrar definitivamente no signo da cabra somente no final de novembro deste ano.

Um, dentre os inúmeros significados dessa configuração, na minha opinião, é que com a chegada de Plutão em Capricórnio, as mulheres, ou mesmo as minorias terão mais chance de ascender ao poder. Isso porque Capricórnio rege o Meio do Céu, o topo do mundo, enquanto Plutão, ou deus Hades, rege o mundo subterrâneo e traz à tona aquilo que renegamos às sombras, que está escondido e que no fim das contas temos que integrar.

Tendo em vista que no mito do rapto de Perséfone, a mãe terra se abriu para que o deus Hades pudesse raptá-la, se pode pensar que, no mínimo, Hades esteja bastante em sintonia com o lado escuro e potente do feminino. E, no máximo, que ele seja na real um deus feminino, assim como Capricórnio é um signo yin.

As eleições americanas são um exemplo disso, ao meu ver. Entre Hilary e o Obahma, aquele que vencer nas prévias vencerá a eleição, acredito eu. Mesmo que ganhe o Obahma será uma coisa inédita: o primeiro presidente negro dos EUA.

E isso continua a corroborar com o significado de Plutão em Capricónio, pois mulheres e negros, ao longo da história, nunca representaram o status quo.

Agora, até que isso aconteça, ou seja, até que possamos integrar na sociedade e, em nós mesmos, as minorias, ou aquilo que foi renegado, muitas pedras e pedreiras terão que rolar.

Me parece que será, assim como a carta da Torre do Tarô, uma libertação dramática, principalmente àqueles que detêm o poder no mundo, como os EUA - que por sinal sofrerão uma oposição de Plutão ao seu Sol em Câncer e já estão se havendo com uma grave crise econômica - e àqueles que estão muito envolvidos com as estruturas do seu próprio ego.

No fim das contas, " a queda" é sempre uma oportunidade de vencermos a nossa própria megalomania, o nosso ego gigante interior.

Como diz Hajo Banzhaf " Quando os palácios em que o nosso ego se sentia tão bem desmoronam reconhecemos subitamente a realidade por trás das nossas imagens"



A queda do gigante, Giulio Romano

2 commenti:

Anônimo disse...

Barbaridade guria, gostei muito desse texto! Sem dúvida Plutão não deixará de pé as hipocrisias, os sorrisos falsos e as megalomanias. Só fica o que tem sua raiz bem ancorada nos infernos, do contrário, já era!
beijão

Daniela Scheifler on 6 de fevereiro de 2008 às 16:17 disse...

Amém!!!

 

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