Muito frio por aí? Por aqui sim. Finalmente o inverno resolveu aparecer de vez aqui no sul do sul do Brasil. Estamos todos encarangando, ou encaranguejando de frio. Tais termos estão no Houaiss para quem não os conhece:
Segundo a Daniela Do Carmo:' Carangar, caranguejar, caranguejo, Câncer, paralisados, mimimis internos, "chatiados" etc. Tudo a ver. '
Câncer, vocês sabem, é o retorno ao lar, a conexão consigo mesmo e com os próprios sentimentos. Na fase de Câncer, estabelecemos uma relação com a nossa alma, com os nossos sentimentos mais profundos, com a nossa memória. Com a necessidade de proteção e carinho. Colo e cafuné. Família. Mãe. Nutrição. Hábitos. E isso não é pouca coisa não. Grande parte dos problemas que temos, vem de coisas mal resolvidas/vividas aí.
É interessante que este é o mês de férias tanto aqui no hemisfério sul, como no norte. Em Câncer, voltamos ao lar, à família e curtimos as férias. Temos mais tempo para dedicar a nós mesmos e aos nossos entes queridos, á nossa casa. E como é importante olhar para si mesmo, dedicar-se tempo e atenção. Muitas vezes, afundados em trabalho e tarefas, ou dedicando muito mais tempo aos outros do que a nós mesmos, esquecemos de descansar e de nos nutrir de maneira adequada. Aí o nosso Câncer se ressente. E com razão.
E, por falar de dedicação em demasia aos outros, Lua em Câncer e Marte em Libra em desacordo no céu. Que tal observar a tendência que temos de fazer os outros se sentirem culpados, ou mesmo observar a tendência que temos de aceitar que façam isso conosco. Ou ainda, que tal evitar de agredir os outros de modo indireto/passivo? Belo momento para tomar consciência disso e não nutrir tais comportamentos.
Marte em Libra está pondo ainda mais lenha da fogueira da quadratura de Urano e Plutão. Podemos quebrar os pratos por quebrar, ou encarar o desafio de mudar aquilo que de velho há em nós. De forma franca e corajosa e não beligerante. Visando congregar.
É isso!
Dia 19 temos Lua Nova de Câncer.
Termino com a poesia de Marcos Gambassi:
Nella rotondità del tempo una madre culla il suo bambino e un mulinello d’acqua gorgoglia. Specchiati a una fonte, raggiungi la tua sorgente, per rinascere ancora.
Na circularidade do tempo, uma mãe embala seu bebê e um moinho de água borbulha. Espelhados por uma fonte, alcanças a tua nascente, para renascer de novo.
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