Bom dia, bailarinas e bailarinos!
A Lua segue em Peixes no céu. Veio de um trígono com o Sol em Câncer agora na madrugada. Acordamos sentindo bem estar e/ou vontade de permanecer mais tempo debaixo das cobertas. Quentes e acolhidos. Em contato profundo com a gente mesmo e com os nossos. Depois a Lua faz conjunção com Netuno e o clima de sonho, arte e surrealidade segue. Ampliamos a rede, a dimensão no nosso psiquismo, nadamos nas correntes do inconsciente coletivo. Sentimos. Por nós e por aqueles que estão à margem, nos bastidores da vida, ou mesmo nas linhas de frente de hoje, dentro dos hospitais.
A Lua depois faz sextil com Júpiter e mais tarde um pouquinho com Saturno e Plutão, todos em Capricórnio. Seguimos no útero, na conversa com os próprios botões dissolvendo as estruturas simbólicas de um mundo em franca transformação e olhando de revesgueio à Medusa realidade, atentos às margens que emergem dentro e fora de nós. O centro ruiu. A bússola não aponta mais para o norte, mas sim e no mínimo, às quatro direções – diz a Lua ao quadrar o nodo norte. Então digo e repito: não há como buscar sentidos e direções estáveis para as nossas vidas neste momento. Mas há sim muitos caminhos, muito a ser experimentado na escuta de si e na escuta das margens. Muito a ser ressignificado e, se pensarmos e sentirmos bem, uma gama rica de sentidos e significados à nossa disposição. Muito a aprender até para nos sonharmos de um modo mais feliz e mais completo. Precisamos nos sonhar diferentes, estarmos atentos à pobreza simbólica que segue tentando se impor. E ainda impõe suas necropolíticas.
Reforcemos então outras pautas: a vida!
Vênus e Quíron continuam bailando juntos. E segue no prato do dia valorizar aquilo que se é, o ser quem se é na sua diversidade e também contradição. Uma gama de gêneros, por que não? O valor de uma educação libertadora que traz alegria ao Ser - com maiúscula- na sua força criativa e criadora.
Gestemos o mundo.
Bom dia para quem sonha acordado e também para quem não levanta sem café.
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