No Distrito da Luz Vermelha, em Amsterdam, prostituição não é crime, é trabalho. As meninas, na sua grande maioria, mulheres jovens e bonitas e, necessariamente portadoras de passaporte europeu, alugam uma vitrine, iluminada por uma luz vermelha. Dali expõem seus belos corpos envoltos em pequenas e belas lingeries e lançam seu charme aos que passam. Entre os transeuntes, muitos casais, turistas, homens e mulheres sozinhos, ou em grupo. Quando elas gostam de alguém, em particular, batem no vidro e chamam o cliente. Sim, são elas que escolhem. E quando você é escolhido(a) por uma delas, rapaz e rapariga, é quase como ser enredado numa teia.
As mulheres são lindas, mas não são a minha praia. Ainda assim, quando fui chamada por uma das meninas, fiquei encantada e por alguns instantes fiquei ali a retribuir o seu largo sorriso. Quando elas não escolhem, cobram mais caro, ainda mais se o cliente não agradar. O moço aqui de casa foi chamado várias vezes e adorou o lugar, claro. Numa das noites, ele, que tem Marte em Virgem, soltou esta pérola: - É paradoxal porque elas despertam o instinto na forma mais pura que existe.
O Adrianus, um amigo nativo e canceriano deu todas as dicas do lugar: contou que elas chegam a ganhar € 2.000,00 por semana e que é muito perigoso tirar fotos por ali, pois existem seguranças disfarçados. Das meninas, nem pensar em tirar fotos, claro. Eu consegui tirar essa aí acima do bairro.
No bairro, muitos pubs, cafés, casas residenciais, sex shops, famílias circulando. Isso é o que mais me agradou. Não se parece em nada com um zona de meretrício e nem com um lugar perigoso e pesado. Na verdade, é uma local bem estimulante, muita gente se paquera, se olha. Nas sex shops se encontra de tudo, inclusive belíssimas lingeries. Nos muitos pubs e cafés em que se entra para se refugiar do frio, excelente cerveja, boa musica e ambientes decorados com muitas luzes, velas, fotos e posters de todos os tipos. Uma decoração meio over, mas que no final compõe um visual bonito e aconchegante.
Ah, outra coisa que não é crime, é o uso da cannabis sativa e suas variantes. Tem até museu dela lá. Nas coffee shops você pode comprar e fumar ali dentro. Você pode também trazer ela consigo e fumar ali. Na rua não. Dentro das coffee, se bebe chás, chocolates quentes e cafés. Nada de álcool.
Papo vai, papo vem, bate a dúvida:
- Mas Adrie, onde é que os proprietários das coffee compram a cannabis? (no meu inglês the book is on the table)
- Ah, this is the big problem!
Anyway, em Amsterdam tudo é visto de forma mais natural. Fui num museu de ciências para crianças e adolescentes e lá encontrei grandes máquinas, brinquedos e geringonças falando de energia, consumo de energia e de sexualidade, claro. A tela abaixo mostra o que acontece com o nosso corpo dos 7 aos 16 anos.
Nesta foto, muitos metódos contraceptivos e exposição das mais diversas posições.
Muitos brinquedos para interagir com propostas do tipo ' entenda o que acontece com seus hormônios', tudo de forma bem divertida.
Para finalizar, Amsterdam é uma cidade silênciosa, isso porque têm poucos carros e motos circulando. Bikes e bondes são os meios de transporte por excelência. Não sei dizer se é o silêncio, a abertura do povo ou as águas, mas o fato é que a cidade respira uma alegria introspectiva e o povo é muito educado, tranquilo e amigável.
Curiosa, fui ver a data de fundação da cidade. Foi em 1300 ou 1301 que ela ficou conhecida como Asmterdam. Fui olhar os mapas e tá lá: Saturno em Leão (!!!) Que nem eu. Tá aí a alegria introspectiva. Afinal de contas, para se divertir é preciso saber brincar, né não? AMEI!
sábado, 27 de dezembro de 2008
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2 commenti:
Achei tudo isso bárbaro!!é bom saber dos lugares através de um olhar que não seja tendencioso!!quero conhecer e agora mais ainda! bjsss Dani!
SENSACIONAL!!!!
Beijos, Mô
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