Ela dizia, com veemência, que jamais iria se apaixonar.
Era com alegria que o fazia, porque não suportava ver as mazelas que a paixão produzia.
Ouvia Renato Russo noite e dia, mas saltava a canção que dizia 'Quem inventou o amooorr, explica por favor!!!! '
Não, não , não... seu mundo era caminhar satisfeita e orgulhosa pelas ruas, independente!
Gostava de conquistar pelo simples prazer de fazê-lo. Seu lance era se divertir, sem complicações.
Mas um dia, caminhando por aquelas mesmas ruas, o viu.
E da mesma forma que defendia suas idéias de independência, sentiu que o desejava com calor suficiente para aquecer o hemisfério norte, inteirinho.
E riu.
No dia seguinte, arrumou-se cuidadosamente, e vestiu seu cinto de prata preferido. Pensou que, caso ele não lhe dessa bola, restaria ao menos a possibilidade de pisar no seu pé com seu salto agulha.
Mas era impossível não percebê-la. Seu desejo era tanto que movimentava todo o ar à sua volta.
E ele a viu.
Naquele instante, o que antes era frio, aqueceu-se no calor dela.
Havia química.
E a transformação se deu.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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1 commenti:
adorei o texto, eu com venus em aries na casa 6 sei como é isso.
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