-Tim, tum, tim, tum, péim, blump ... (silêncio)
Perdeu-a de vista, num poço fundo, de densas e escuras águas.
Antes que ela pudesse decidir o que fazer, sem o habitual peso, voou sua imensidão
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Quando voltou, com o peito cheiinho de ar, quis mergulhar no poço a fim de recuperar a corrente que, ainda que pesada, lhe caía tão bem. Abriu a espessa grade e de lá, improvisamente, a água jorrou forte e quente, banhando-a.
Ela sorriu.
Os sapos que lá estavam, felizes por terem sido libertos, saíram pululando e coaxando suas notícias.
Foi uma confusão!
Quando finalmente se acalmaram, longamente, puseram-se todos a conversar.
Os sapos restituíram-lhe a corrente e, muito sabidos, mostraram como fazer e desfazer o cordão com numerosas maneiras e medidas.
Surgiram belos e infinitos colares.
Com a nova técnica, nada pesava tanto e ela passou a se adornar de muitas formas. Foram tantas as voltas que ela deu nos muitos cordões que, por fim, tudo se transformou num belo par de asas.
2 commenti:
lindo! imagens fortes... corrente, colares, asas; passagens. parabéns, dani.
perfeito. senti a água. coisa rara, sabes de quem escreve, fazer sentir.
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