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terça-feira, 16 de março de 2010

Horoscopus do dia 16: o Assinalado

Lua em Áries no céu incendiando os ânimos. Lua em trígono com Marte em Leão, uhú! Terça feira dia de Marte cheia de energia para quem a tem. O dia começa cheio de gás, ainda que a Lua esteja oposta a Saturno. Pique e gás para o trabalho, para suas atividades. Dia criativo também, distribuindo intuição para quem é ligado.

Hoje a Lua também quadra Plutão e os mais esquentadinhos podem perder a cabeça, torrar os neurônios. Faça isso não, isso passa. Tome chá de camomila ou de maracujá. E guente a pressão. Deixe o carvão dentro de você virar diamante.

Hoje o Sol casa com Urano no céu. A intuição de Peixes casa com a inovação de Urano. Isso dá em loucura, salto no abismo. Mudança de rota para quem já tem tudo muito traçadinho na vida. Porque se estiver tudo certinho demais, tudo parado, lembre-se: é hora de iniciar uma nova jornada, mesmo que seja nas pequenas coisas. Lembra dos segmentos de reta das aulas de matemática? Um pequeno desvio já faz toda a diferença. Faça então como o louco e dê o salto no abismo. Por quê? Por curiosidade, por vontade de viver, por alegria, por paixão, para ser sincero com você mesmo, ou pelo simples prazer em tentar alguma coisa. Tudo isso para pôr mais pimenta na sua vida. Isso tudo dá uma poesia de Cruz e Sousa.

O Assinalado

Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.

Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu'alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.

Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco...

Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!

Cruz e Sousa

Na madruga, a Lua casa com Vênus e a temperatura pode aumentar debaixo das cobertas. E calor é bom né? ;-)

8 commenti:

Walter Ramos de Arruda on 16 de março de 2010 às 14:11 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Walter Ramos de Arruda on 16 de março de 2010 às 14:18 disse...

ANTE O ISTIMO
Ou (da Imortal Loucura)

A despeito do salto, como o tato nas altas alturas não acessa a sideração do encanto, lança-mão do instante que passa e tece a lavoura dos traços em efemérides do espaço na vastidão da escritura. Àquele sobre quem orbitam os astros na distância das alvuras, tudo que afronta e liberta, tudo que erra e desata, que contém e expande lhe convida e cativa; enquanto a Lua quadra Plutão, conjuram Sol e Urano, Saturno em Leão exilado e outros nomes que o céu habitam conduzem este Sendeiro Assinalado ao caminho laborado de prometeica conduta.

Walter Ramos de Arruda

Daniela Scheifler on 16 de março de 2010 às 14:21 disse...

Walter,

que lindo e sensivel! Santa inspiraçao, hein rapaz? Parabens mestre das letras! :)

AMEI

beijos em vc!

Anônimo disse...

Muito bom Dani!

Hoje é realmente o dia do Louco.
Esta é a carta do Tarot 'convidando' a ter fé sem limites...
Bj

Walter Ramos de Arruda on 16 de março de 2010 às 18:56 disse...

Que é isso?!
Obrigado, Daniela. =)

Walter Ramos de Arruda on 16 de março de 2010 às 18:59 disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Walter Ramos de Arruda on 16 de março de 2010 às 19:22 disse...

Huma na Lunação (Pisciana)


Ah, derradeira Lunação! Finda em profusão de litanias ante a colheita o caminhante. Lavrador insone, no devir, deveras, a sua estrela errante. Viu no corredor do Sol as ocultações, o vetusto Saturno domiciliar na sétima região celeste a delirar reprimendas em Leão, e fez seguir a sua estrada sem par, sem acompanhante.

Vil demiurgo e a sua estrela errante a galgar dez casas de trabalho na montanha infinda rumo ao zênite abobadar. E quando lá, em Plutão consolidado - Sísifo exemplar – a remontar mergulhado na tradição do novo de novo.

Ah, derradeira Lunação! Onde a constelação liberta? Se Urano em Áries tudo infunde e a ninguém espera, se Algol, a estrela-cão, aponta ao norte e Marte em fúria marca com sua seta a epiderme, a visão desta estrela inerme, errante, desde a ascensão à queda.

Walter Ramos de Arruda

Daniela Scheifler on 16 de março de 2010 às 23:20 disse...

Walter, isso é um elogio. E agora vai outro: muito bom :)

beijos

 

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