Mercúrio, Museu do Louvre
Poema de um nosso leitor
Mercúrio em Áries
Ávida faísca. O verbo justo em prumo se exacerba.
Afaga a voz da lira que o Arauto iça em canto alto;
e risca o céu sobre o regalo de Jasão: o Velocino.
Rápido, altivo, convence outros astros-luminares
meu predileto, o do Caduceu, sob desígnios divinos
toca a ulisséia flor do lazio: esta língua derradeira.
Dobra-lhe sinos; que penda plena, viva, linguageira;
Companheiro de voragem – sobre a terra a Virgem
me ilumina, e na casa do meio do caminho inclina
da poesia a estalagem. Ao criar imito a noite, o dia
na balança, a libra - domicílio de alada carruagem.
Veste a vastidão dos destinos, pois sou teu assecla.
Em meu espelho – um forte brilho –
a tua imagem.
Walter Ramos de Arruda
Demais, não?
4 commenti:
TÔ em êxtase com tudo, simplesmente divino, todos os posts
Demais o poema do Walter, né?
belíssimo poema, faz juz à ibra-prima que usou como imagem!
grande bjo querida
(amei nossa primeira aula..)
Obrigada, querido! Também amei. :)
beijocas
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