Feliz dia das mães, mamães!!!

Daniela e sua mãe, nos idos de 1980 :)

Domingão de dia das mães, uhú! Parabéns a todas as mamães. Parabéns à minha que está longe, mas perto aqui do meu coração. E a Lua segue nos Peixinhos, navegando sutil e inspiradamente pelo dia. E mãe não é somente quem dá a luz, mas quem cria. Seja filhos, ou mesmo projetos. Quem é capaz de nutrir e dar vida às coisas. Mulheres que adotam, mulheres que ajudam a cuidar dos filhos de outras mulheres. E para criar uma criança é preciso uma inteira comunidade. Mas ainda assim, presto minha homenagem àquelas que carregaram e carregam em seu corpo, no seu ventre, uma vida. Porque para que uma nova vida humana nasça, é preciso que uma mulher diga 'sim'!

Bem pertinho do Sol a pino, a Lua casa com Júpiter no céu. O dia é grande, otimista e cheio de deuses pra mim e pra você. O dia é farto, inspirado e malemolente. Dia para estar de bem com a família, de papos pro ar. Com quem quer que seja família para você.

No meio da tarde, a Lua se opõe a Saturno e encontra Urano. E é bom que as coisas tenham um limite, né não? Para quem sabe respeitar limites e sabe a hora de mudar o disco, nenhum problema. Saturno oposto a Urano está aí para que mudemos nosso estilo de vida, caso ele não nos faça bem. Desembaraçar um pouco nossas estruturas, aquelas que estão rígidas demais. Tudo para que a gente não quebre, para que a gente dance como os bambus. E eu pergunto: você cuida da sua saúde? A do corpo e a da alma? Virgem é a saúde do corpo, Peixes a da alma. O excesso de trabalho e de atividades acaba com qualquer um, viu? A saúde está na simplicidade. Deixe que a Lua em Peixes lhe sopre mais e mais soluções para resolver essa equação.

À noite, a Lua ingressa Áries. E o domingo acorda do sonho. E a segunda-feira acorda bombando com a quadratura da Lua com Plutão, mas isso é papo pra depois. Hoje o dia é de poesia, portanto para fechar o horóscopo, deixo aqui um poema que amo de uma poeta que amo mais ainda, em homenagem ao dia das mães:

Atávica


Minha mãe me dava o peito e eu escutava,
o ouvido colado à fonte dos seus suspiros:
"Ô meu Deus, meu Jesus, misericórdia."
Comia leite e culpa de estar alegre quando fico.
Se ficasse na roça ia ser carpideira, puxadeira de terço,
cantadeira, o que na vida é beleza sem esfuziamentos,
as tristezas maravilhosas.
Mas eu vim pra cidade fazer versos tão tristes
que dão gosto, meu Jesus misericórdia.
Por prazer da tristeza eu vivo alegre.

Adelia Prado

Buona domenica!